Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2009

Crise atinge mercado de trabalho em Feira

Os dados ainda são dos cinco primeiros meses do ano, mas não dá para sustentar que a crise econômica chegou em Feira de Santana como uma “marolinha”. Pelo menos para os trabalhadores que atuam no mercado formal de trabalho – e que constituem uma casta “privilegiada” na multidão de camelôs, ambulantes, biscateiros e desempregados – o cenário, na melhor das hipóteses, é de estagnação. Afinal, foram gerados apenas 323 novos postos, entre janeiro e maio. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) disponíveis no site do órgão. Para efeito de comparação – e usando dados da mesma fonte – entre 2006 e 2007, o saldo positivo foi de mais de 2.800 postos de trabalho, num período de doze meses. Ou seja, em 2009, Feira de Santana não conseguiu a expansão, em média, sequer de 25% dos cerca de 1.400 empregos gerados entre janeiro e junho de 2007. Claro que, em 2007, grandes indústrias entraram em operação, admitindo centenas de trabalhadores e “inflando” o d

O pedágio na BR 324 a partir de 2010

A partir de fevereiro de 2010, quem se deslocar entre Feira de Santana e Salvador vai pagar R$ 3,40 de pedágio. O anúncio foi feito no início da semana e, além da BR 324, a cobrança será implementada também na BR 116. Para chegar até a fronteira com Minas Gerais, através dessa rodovia, será necessário desembolsar R$ 11. Dia 30, ainda conforme o noticiário, bate-se o martelo entre a empresa concessionária e a Agência Nacional de Transportes, responsável pela gestão da rodovia. Durante muitos anos, particularmente a partir da década de 1990, se discutiu a pertinência de oferecer à iniciativa privada a conservação mediante cobrança de pedágio de diversas rodovias brasileiras. Havia – e há – quem considere a medida uma sobrecarga sobre os já depauperados contribuintes brasileiros. Afinal, o Estado arrecada impostos com os quais deveria conservar as rodovias. Visão oposta tem os chamados liberais. Conforme raciocinam, toda atividade cuja exploração interesse à iniciativa privada deve ser in

Notícias da Feira de Santana nos anos 30 (III)

Afirma o senso comum que o povo brasileiro não tem memória. No que se refere à conservação de informações estatísticas importantes sobre a História Brasileira, este raciocínio se confirma, principalmente em relação às cidades. Feira de Santana, infelizmente, não foge a esta regra e as referências às décadas passadas, quase sempre, são relegadas à memória dos que as viveram. A década de 1930 (particularmente o intervalo entre 1931 e 1937) em parte constitui uma louvável exceção. Nela começou a se construir uma estatística com informações econômicas e sociais sobre a Bahia e seus municípios. Estes dados constam no Anuário Estatístico da Bahia publicado então. Através da leitura e da comparação, o leitor poderá acompanhar como evoluiu a Feira de Santana, que em contínua transformação, embora lenta, começava a ganhar as feições sob as quais a conhecemos hoje. A Feira de Santana em 1933 Pela primeira vez desde a Revolução de 1930 foram divulgadas informações referent

Os avanços da RMFS

A proposta de criação da Região Metropolitana de Feira de Santana (RMFS) é uma das iniciativas mais felizes dos últimos tempos no município. Conforme anunciado, o projeto apresentado pelo deputado federal Colbert Martins (quando ainda era deputado estadual, em 1994) será encaminhado à Assembléia Legislativa pelo governador Jaques Wagner no segundo semestre. O seminário realizado em meados de junho pelo deputado foi um importante impulso à iniciativa. Chega a ser surpreendente que até hoje a iniciativa ainda não tenha se concretizado. Afinal, qualquer estudo poderá comprovar que historicamente existe uma firme articulação entre Feira de Santana e os municípios do seu entorno. Está aí para provar a mobilidade de pessoas em busca de produtos e serviços na Princesa do Sertão. Está aí a UEFS, que abriga tantos estudantes da região. Está aí o impulso que a rede comercial feirense dá aos produtos desses municípios. A criação da RMFS vai fortalecer esses laços e

Efeitos do Bolsa Família sobre a crise

Dados atualizados até maio do Programa Bolsa Família indicam que, na Feira de Santana, existem exatamente 44.121 famílias beneficiárias do programa. Isso num universo de 50.613 famílias com perfil de beneficiárias, ou seja, cuja renda per capita não supera os R$ 137. Essas informações estão disponíveis no site do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) que aponta também que, em 2008, a população de Feira de Santana superou os 584 mil habitantes. Infelizmente não está disponível o valor exato do repasse do BF, mas a média por família passou de R$ 78,50 para R$ 85, com o recente reajuste. Considerando que, em média, cada família é composta por quatro pessoas, pode-se deduzir que em Feira de Santana existem cerca de 176.484 beneficiários do programa. E que o montante injetado na economia feirense pelo programa atingirá R$ 3,75 milhões, aproximadamente, a partir de julho. Até o mês passado, esse valor era de R$ 3,44 milhões. Note-se, contudo, qu