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Mostrando postagens de maio, 2010

Notícias lamentáveis

Semana passada a edição impressa da Tribuna Feirense trouxe duas notícias lamentáveis. A primeira delas é que estudantes residentes na zona rural do município têm aulas em uma casa de farinha, espaço absolutamente inadequado para que crianças ou adolescentes desenvolvam atividades escolares. A outra é que a abertura do restaurante popular no Centro de Abastecimento – o que constitui uma realização elogiável – absorveu boa parte da clientela dos restaurantes que funcionam no entreposto, levando-os ao risco de falência e à perda de muitos postos de trabalho. Ambos os fatos demonstram fragilidades dos gestores do município nos últimos anos. Feira de Santana é uma cidade que recebe recursos significativos para a manutenção do ensino fundamental através de repasses federais. E mesmo que sejam insuficientes, resta a alternativa de se investir recursos próprios, o que demonstraria o interesse dos gestores em oferecer uma educação de qualidade. É inconcebível, portanto, que jovens e crianç

As chuvas e o discurso das secas

Longas chuvas têm caído este ano sobre boa parte da Bahia, mudando completamente o cenário que a televisão acostumou o público a ver, com animais magros, aguadas secas e paisagem ressequida. A desolação tradicional foi substituída por animais engordando, pastos verdejantes e rios que correm, caudalosos, em algumas regiões do estado. Espera-se que o milho seja abundante nos festejos juninos e que a safra do feijão também seja boa, para ficar apenas em dois dos produtos mais tradicionais da região. Infelizmente chuvas abundantes não constituem rotina no semiárido e o Brasil levou séculos para descobrir que não há fórmula para “acabar com a seca”, conforme se disse durante muito tempo, mas que o caminho mais adequado é o da convivência com o fenômeno, buscando adaptar a população e suas atividades produtivas ao clima local. Em períodos mais chuvosos, muita água se acumula em açudes e aguadas, mas com a próxima estiagem os problemas de acesso a recursos hídricos se avolumam novamente. U