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Mostrando postagens de abril, 2014

O Terror de 16 de Abril

                                                Ao invés de fiscalizar o Executivo e exercer suas funções mais próximos da sociedade, muitos vereadores dedicam-se ao exercício quase inútil da criação de datas alusivas a motivos diversos. E aí tome dia municipal disso, dia municipal daquilo. Quase sempre, depois de aprovados com exaltados elogios, esses projetos vão acumular poeira nos escaninhos do Legislativo. No máximo, lá adiante, um eventual criador de uma data qualquer lustra seu currículo com uma referência ao projeto, até pela ausência de coisa melhor para mostrar.                 Pois bem: o 16 de Abril na Feira de Santana deveria passar a figurar nesse panteão de datas célebres. E por motivos fúnebres: foi nele, semana passada, que mais de 40 pessoas foram assassinadas no município, durante a paralisação da Polícia Militar. Mas, como meramente celebrar não basta, é necessário atribuir um sentido à data. Talvez como um marco na luta contra a impunidade.            

O quiproquó do IPTU em Feira

                                Já não é novidade para ninguém que o Brasil atravessa uma fase de intensa especulação imobiliária. É algo que se assemelha ao que, nos Estados Unidos, em 2008, ficou conhecido como “bolha imobiliária” e esteve entre as causas da crise econômica que ainda não foi superada. Embora sujeito a mecanismos diferentes – nos EUA os limites ao endividamento das famílias eram débeis e o crédito farto, o que, felizmente, não ocorre no Brasil – o País mergulhou numa espiral especulativa que se deve a múltiplos fatores mas que, em essência, podem conduzir a problemas muito semelhantes.                 Parte da especulação se deve ao boom imobiliário que beneficiou também as famílias de baixa renda.   Afinal, a elevação da demanda por áreas para construção em espaços urbanos aumentou preços, o que trouxe como desdobramento uma feroz especulação. Essa especulação lançou os preços dos imóveis disponíveis nas nuvens, provocando lucros espetaculares mas, também,

Recomeça a novela do reajuste da passagem

                               Na segunda-feira (07) o feirense amanheceu enfrentando um transtorno adicional, além das tradicionais aporrinhações do dia-a-dia: uma paralisação dos funcionários das empresas de transporte coletivo no município. Enquanto a velha frota descansava nas garagens das empresas, funcionários faziam uma marcha em direção à prefeitura. E cobravam pauta extensa:   recolhimento do FGTS, distribuição do tíquete-refeição, condições adequadas de trabalho e por aí vai. Talvez esse ato represente o ingrediente novo na previsível novela dos reajustes anuais na passagem de ônibus. Afinal, estamos em abril. Como todos sabem, o reajuste é antecedido por um já conhecido e amarrotado roteiro. O primeiro passo cabe ao sindicato patronal das empresas de ônibus: propõem um risível   índice que, todos sabem, não vai se confirmar lá adiante. Esse ano, porém, foram muito além do limite: cravaram R$ 2,94 durante uma sessão da Câmara Municipal. É trágico, mas também não de